INFORMATIVO SEAM 037/2015 28 de Maio de 2015
CAMPANHA SALARIAL 2015
Mais uma vez o Governo desmarca reunião com as entidades que representam nossa categoria na Mesa Setorial de Negociação, que deveria ocorrer hoje às 11:00 horas.
O motivo alegado pelos representantes do Governo foi de não terem terminado os estudos que estavam fazendo para nos entregar!!!
Comentário: Colegas, é difícil negociar com a parte que não tem intenção em nos prestigiar ou em reconhecer nosso valor, como demonstra este caso. A SEAM com sua experiência nessas tratativas, identifica nas proposituras, um critério eminentemente financeiro, ou seja, foi estabelecido um valor global para nos atender como a história do cobertor curto, você cobre os pés e descobre a parte de cima e assim por diante… Reside neste fato o maior problema em atender nossos pleitos, pois só uma parte da categoria está sendo contemplada, enquanto outra parte não, isto é inadmissível em um projeto de reestruturação profissional onde tem que ser levado em conta o tempo de serviço, a paridade dos aposentados e o estimulo a carreira. Vejam só, tem colegas que poderão chegar ao final da carreira em 25 anos e outros só em 40 anos ou mais, e pior, os aposentados nunca irão chegar.
PARA A SEAM, ENQUANTO TODOS OS COLEGAS INTEGRANTES DA NOSSA CARREIRA NÃO FOREM CONTEMPLADOS DE ACORDO COM NOSSA ASSEMBLEIA GERAL, ESTE PROJETO DO GOVERNO NÃO SERÁ ACEITO.
Você sabe o motivo pelo qual querem impor o sistema de subsidio? Então vamos dar nossa visão:
O projeto de subsídio do Governo, em nosso entendimento, se baseia exclusivamente em critérios financeiros e no atual sistema de vencimentos não teria como manipular os valores dos padrões, pois neste caso há um critério de crescimento na carreira com percentuais constantes, respeito ao tempo na carreira e paridade dos aposentados. No sistema de subsídio podem fazer conta de chegada, com diferenciais entre os níveis não constantes, não obedecem o tempo na carreira para o enquadramento, cortam no meio o final de carreira e burlam a Constituição na questão da paridade quando os que estão no final voltam para o meio da carreira, tudo isso para manter o custo global da tabela que propõem em forma de subsídio. Portanto, no plano do Governo não é fundamental o subsídio, pois várias carreiras as reestruturações estão propostas pelo Governo no sistema de vencimentos, inclusive já enviaram o PL 249/2015 nestes termos para Câmara Municipal. Indagamos ao Governo, por que querem nos impor o subsídio e para estas carreiras não. Resposta: Essas carreiras já estavam pleiteando antes dos Engenheiros e Arquitetos. Argumento da SEAM: temos o protocolo das Negociações de 10/05/2013 (anexo) onde em sua Clausula Nona, já estava agendado que a reestruturação do NS na qual nossa carreira estava inserida, nossas negociações seriam antes dessas carreiras aquinhoadas com a manutenção do sistema de vencimentos, portanto não cabe este argumento do Governo demonstrando que o subsídio é plano de Governo, mas sim um plano financeiro, onde através, de conta de chegada, mantem-se o custo global que o Governo quer.
A SEAM está preparando um estudo de impacto financeiro tanto da proposta apresentada pelo Governo, quanto da proposta apresentada por nós e lá comprovaremos que a diferença é irrisória, para atender a todos, diante do Orçamento Municipal, onde temos a certeza que a assessoria do Prefeito não o esclareceu devidamente, pois não tem cabimento esta verdadeira guerra entre o Governo e nossa categoria por causa deste custo financeiro e é neste sentido que iremos atuar diretamente junto ao Prefeito.
As entidades que nos representam não podem compactuar com a divisão de nossa categoria na medida em que enaltecem algum avanço na proposta do Governo, como se fosse uma vitória. Insistimos a SEAM não aceita e não valoriza esta ideia, pois todos nossos colegas tem que ser respeitados e inseridos no ganho em que parte da categoria já alcançou.
A SEAM seria a entidade que mais poderia enaltecer o pleito de 8,5 salários, pois cabe exclusivamente a ela a autoria desta proposta colocada em 2013 na Mesa de Negociação, porém não estamos buscando valorizar a entidade ou enaltece-la, a SEAM é nossa instituição há 78 anos e está a nosso serviço, o que buscamos é conseguir todo o pleito aprovado em nossa Assembleia Geral, com dignidade, seriedade e sobretudo visando a preservação da integridade de nossa carreira, única forma de preservarmos nosso futuro e isso só conseguiremos se todos forem contemplados com nossas conquistas.
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ENCONTRO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS MUNICIPAIS
DATA: 02/06/2015 – terça-feira
HORÁRIO: 12:00 horas
LOCAL: Auditório da SEAM, sito Av. Ipiranga, 318 – Bloco A, 1º andar, conj. 101 – Republica, São Paulo/SP.
9 Comments
Caros, acredito que já está na hora, se é que já não passou, de procurar imprensa para mostrar o vergonhoso salário dos arquitetos e engenheiros da maior cidade do país, existe causa para trazer a opinião pública à favor do pleito. Oficie também o ministério público, esse descaso por parte do prefeito beira a improbidade administrativa.
Parceiros, a exposição midiática de nosso sofrimento pode ser uma ferramenta a nosso favor.
Obs.: da midia séria!
Político no geral é sensível a opinião pública, sobretudo, imprensa. Uma coisa é eu na condição de funcionário público de alto escalão ganhando 8 vezes mais do que o pago no mercado acionar mídia para reajuste, outra é ser de uma categoria fundamental na dinâmica e infraestrutura da cidade de São Paulo, sendo responsável pela aplicação, por exemplo, das diretrizes do novo Plano Diretor, que segundo é a menina dos olhos do Prefeito, com o seu arco do futuro, ganhando bem menos que se paga no mercado, e pior ainda, menos que a grande parte das carreiras da Prefeitura, com todo respeito a carreira do ensino médio, mas menos que alguns da carreira de ensino médio. Isso no mínimo, para quem é de fora soa surreal. Nem o argumento de falta de orçamento prevalece, ou alguém, mesmo que não seja engenheiro ou arquiteto vê cabimento em pagar mais para analista de gestão pública, cargo que exigi qualquer formação nivel superior, do que uma carreira que requer formação específica? Claro que nada disso tem lógica, e são essas situações que acredito que tem que escancarar para mídia.
http://www.camara.sp.gov.br/blog/camara-aprova-valorizacao-da-carreira-dos-auditores-fiscais/
Mais gente passa a nossa frente….
Expor na mídia a situação, explorando os salários baixos de quem está até o S4 pode ser interessante mas facilmente derrubável quando mostrarem os salários de quem está com 11 mil de média salarial e garantia de aposentadoria nesta faixa. Isso a opinião pública cai matando. Ainda mais se o Governo vazar uma tabela da nova possível carreira em que as pessoas se aposentarão com 18 mil. Acho que não é uma boa.
Afinal…enquanto não se conseguir a paridade, os que poquissimo ganham continuam nessa situação?
Então …
O início da carreira que está sendo agraciado, como muitos dizem, com os milagrosos 8,5 SM, mal sobreviverão se essa negociação tiver que agraciar a todos com toda a inflação dos últimos 10 anos ou esperar que a paridade seja dada somente aos engenheiros e arquitetos. O estranho é que na hora de fazer a propaganda, usam e abusam dos aviltamento dos salários iniciais, depois nada caminha por conta de paridade e de alguns (que nem se mostra quantos e com quanto estão de salário atualmente) que normalmente são pontos fora da curva, pois ganham mais que seus colegas a um bom tempo, ou não conseguiram ter curso de pós para avançar, etc. Como é que uma nova carreira pode ser travada por conta de pessoas que estão fora da carreira e/ou cavando condições especiais de migração, que nem a carreira de especialistas permitiu. Coisa de maluco!!!
Colegas…os de início de carreira não estarão recebendo as gratificações que quase todos já receberam e incorporaram. Além disso se aposentarão pela média, portanto estamos absolutamente fora do que se chamaria “pé de igualdade”. Somos os desiguais que não interessam a ninguém, e ainda tentam nos colocar no grupo de iguais porque não interessa discutir nossa situação…somente dizer que alcançaram os incríveis 8,5 SM graças a A, B ou C. Muitos desiguais querem que o PL ande, mesmo assim, pois estamos passando necessidades, coisa que muitos não conhecem a muito tempo.
Patrícia, concordo. Não fica claro a quantidade de servidores que não seriam agraciados com o novo projeto.
Gostaria também que da final da carreira ganhasse o máximo possível, sei lá 22 mil, que eh o teto para os analistas.
Não tenho nada contra, pois eh minha carreira também.
Mas o que não concordo eh o sindicato ou a associação, ignorar o princípio da maioria e não colocar em deliberação a concordância com o piso e teto proposto pelo executivo. Isso poderia ser feito. O norte de qualquer entidade composta pelo principio da maioria, eh esse próprio princípio, não a premissa de que tem que satisfazer a todos, mas satisfazer a maioria. A questão de estabelecer a relação entre subsídio e desvalorização da carreira é falsa. O que causa art arrocho salarial eh a falta de reajuste anual, veja atual conjuntura, mesmo sendo vencimentos não impossibilitou o arrocho. A magistratura por exemplo não recebe por vencimentos, pergunta para algum juiz se ele está insatisfeito com o sistema de subsidio.
Falo isso da premissa de negociação, pois ouço nas assembleias que o sindicato tem que atender a todos…isso eh um erro…O sindicato tem que atender a maioria, não faz sentido por exemplo 80% da categoria está sendo contemplada e não dar andamento na pauta. Fora a relação que VC relatou. Considerando também que o projeto pode ser alterado na câmara.